UM POUCO DA HISTÓRIA...
Algumas das mais poderosas e bem organizadas sociedades da História floresceram sem a existência do dinheiro. Com efeito, em pleno apogeu, no Egipto e na Babilónia, bem como nas civilizações Inca e Maia, as transacções comerciais faziam-se por permuta, e mesmo o pagamento de salários era realizado por meio de produtos que pudessem ser trocados. No entanto, o sistema de permuta era um método que podia criar problemas.
Em algumas partes do mundo antigo estabeleceu-se o uso de unidades monetárias tendo por base objectos duráveis de tamanho conveniente que serviam como moedas. No Próximo Oriente e nas ilhas do Pacífico, por exemplo, usavam-se anzóis.
No século VII a. C., utilizava-se, na China, "dinheiro-faca" e "dinheiro-espada". As moedas eram miniaturas de facas e espadas, e o seu valor o do objecto que representavam.
MOEDA DE OURO ANTIGA
Creso, rei da Lídia, emitiu esta moeda de ouro de 8g cerca de 550 a. C.
Num dos lados vê-se a gravura de um leão e de um touro; no outro, a marca do punção.
Cerca de 700 a. C., surgiram no reino da Lídia, Turquia Ocidental, as primeiras verdadeiras moedas que se conhecem. Tratava-se de pequenas peças de electrum, uma liga natural de prata e ouro que aparecia nos rios da região, e tinham a forma de um feijão. As peças apresentavam a insígnia do leão do rei de Giges num dos lados e as marcas do punção no outro. Estas marcas constituíam uma garantia do peso e da pureza do metal.
A utilização de moedas espalhou-se rapidamente através do mundo mediterrâneo. Os Gregos cunharam-nas em grande número.
Para fazer as moedas, começava-se por vazar o metal fundido em moldes com a forma de discos. Com o auxílio de pinças, cada rodela era então colocada sobre um cunho de metal portador de um desenho gravado. Um martelo batendo num punção de metal posto em contacto com a rodela imprimia o desenho do cunho na face inferior daquela, pelo que a face superior, nas moedas primitivas, tinha apenas marcas do punção. Mais tarde, o punção apresentava o seu próprio desenho, que aparecia assim no reverso da moeda.
De inicio, as gravuras nas moedas representavam cabeças de divindades. Cerca de 320 a. C., utilizou-se a efígie de Alexandre, o Grande, que, já no fim da sua vida, fora declarado um deus. A partir dessa altura, tornou-se comum gravar as efígies dos governantes.
Com a invenção da cunhagem de moedas a sociedade libertou-se da necessidade de permutar bens, na medida em que deixava de existir uma interdependência entre a compra e a venda. Um comerciante já não precisava de dispor de mercadorias para adquirir os produtos de que necessitava.
Posto que o comércio se tornara muito mais fácil e flexível, um indivíduo ou uma família já não precisavam de produzir a maior parte da sua alimentação e dos objectos para seu uso. Podiam assim concentrar-se num único produto. No entanto, nem sempre era possível confiar no valor das moedas, pois o metal podia ser desbastado ou cortado nos bordos e as moedas feitas «suar» - sacudindo-as num saco de modo que delas se separassem minúsculos fragmentos de metal que eram depois recolhidos. Além disso, a sua falsificação tornava-se relativamente fácil, pois o seu tamanho e forma eram altamente variáveis e as gravuras modificavam-se ligeiramente cada vez que os cunhos e os punções eram renovados.
No entanto, os governos que emitiam as moedas constituíam uma ameaça ainda maior. Com efeito, os governantes sentiam-se constantemente tentados a aumentar as suas reservas de metais preciosos através da falsificação da cunhagem, o que faziam emitindo mais leves ou nas quais utilizavam uma liga de qualidade inferior, mantendo-as com o mesmo valor facial. Com maior número de moedas em circulação, mas sem que houvesse mais produtos, o valor das moedas reduzia-se, logo o preço dos produtos subia.
O papel-moeda foi emitido pela primeira vez em grande quantidade no século XI – pelo imperador mongol Kublai Khan.
Na Europa, as técnicas de cunhagem aperfeiçoaram-se. As rodelas eram cortadas em chapa de metal com o auxílio de uma tesoura. No século XVII procedia-se à sua cunhagem numa prensa de fuso accionada por uma equipa de homens. As moedas passaram a apresentar no rebordo uma pequena grossura para as proteger do desgaste e, para desencorajar definitivamente os desbastes, o rebordo era «serrilhado».
Em algumas partes do mundo antigo estabeleceu-se o uso de unidades monetárias tendo por base objectos duráveis de tamanho conveniente que serviam como moedas. No Próximo Oriente e nas ilhas do Pacífico, por exemplo, usavam-se anzóis.
No século VII a. C., utilizava-se, na China, "dinheiro-faca" e "dinheiro-espada". As moedas eram miniaturas de facas e espadas, e o seu valor o do objecto que representavam.
MOEDA DE OURO ANTIGA
Creso, rei da Lídia, emitiu esta moeda de ouro de 8g cerca de 550 a. C.
Num dos lados vê-se a gravura de um leão e de um touro; no outro, a marca do punção.
Cerca de 700 a. C., surgiram no reino da Lídia, Turquia Ocidental, as primeiras verdadeiras moedas que se conhecem. Tratava-se de pequenas peças de electrum, uma liga natural de prata e ouro que aparecia nos rios da região, e tinham a forma de um feijão. As peças apresentavam a insígnia do leão do rei de Giges num dos lados e as marcas do punção no outro. Estas marcas constituíam uma garantia do peso e da pureza do metal.
A utilização de moedas espalhou-se rapidamente através do mundo mediterrâneo. Os Gregos cunharam-nas em grande número.
Para fazer as moedas, começava-se por vazar o metal fundido em moldes com a forma de discos. Com o auxílio de pinças, cada rodela era então colocada sobre um cunho de metal portador de um desenho gravado. Um martelo batendo num punção de metal posto em contacto com a rodela imprimia o desenho do cunho na face inferior daquela, pelo que a face superior, nas moedas primitivas, tinha apenas marcas do punção. Mais tarde, o punção apresentava o seu próprio desenho, que aparecia assim no reverso da moeda.
De inicio, as gravuras nas moedas representavam cabeças de divindades. Cerca de 320 a. C., utilizou-se a efígie de Alexandre, o Grande, que, já no fim da sua vida, fora declarado um deus. A partir dessa altura, tornou-se comum gravar as efígies dos governantes.
Com a invenção da cunhagem de moedas a sociedade libertou-se da necessidade de permutar bens, na medida em que deixava de existir uma interdependência entre a compra e a venda. Um comerciante já não precisava de dispor de mercadorias para adquirir os produtos de que necessitava.
Posto que o comércio se tornara muito mais fácil e flexível, um indivíduo ou uma família já não precisavam de produzir a maior parte da sua alimentação e dos objectos para seu uso. Podiam assim concentrar-se num único produto. No entanto, nem sempre era possível confiar no valor das moedas, pois o metal podia ser desbastado ou cortado nos bordos e as moedas feitas «suar» - sacudindo-as num saco de modo que delas se separassem minúsculos fragmentos de metal que eram depois recolhidos. Além disso, a sua falsificação tornava-se relativamente fácil, pois o seu tamanho e forma eram altamente variáveis e as gravuras modificavam-se ligeiramente cada vez que os cunhos e os punções eram renovados.
No entanto, os governos que emitiam as moedas constituíam uma ameaça ainda maior. Com efeito, os governantes sentiam-se constantemente tentados a aumentar as suas reservas de metais preciosos através da falsificação da cunhagem, o que faziam emitindo mais leves ou nas quais utilizavam uma liga de qualidade inferior, mantendo-as com o mesmo valor facial. Com maior número de moedas em circulação, mas sem que houvesse mais produtos, o valor das moedas reduzia-se, logo o preço dos produtos subia.
O papel-moeda foi emitido pela primeira vez em grande quantidade no século XI – pelo imperador mongol Kublai Khan.
Na Europa, as técnicas de cunhagem aperfeiçoaram-se. As rodelas eram cortadas em chapa de metal com o auxílio de uma tesoura. No século XVII procedia-se à sua cunhagem numa prensa de fuso accionada por uma equipa de homens. As moedas passaram a apresentar no rebordo uma pequena grossura para as proteger do desgaste e, para desencorajar definitivamente os desbastes, o rebordo era «serrilhado».